(Rio de Janeiro/RJ, 1879-1932)
Pintor e decorador. Nascido de uma família pobre e numerosa, iniciou suas atividades como aprendiz na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Em 1894, ingressou juntamente com o irmão, Arthur Timótheo da Costa, na Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou com Daniel Bérard, Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa. Também cursou aulas de gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Entre 1910 e 1911, esteve na Europa integrando o grupo contratado para decorar o pavilhão brasileiro na Exposição Internacional de Turim de 1911, junto com o irmão e com Carlos e Rodolfo Chambellant. Aproveitou a viagem para conhecer museus na Itália, França, Suíça e Espanha, tendo sido marcado pela obra de Puvis de Chavannes e pelo pontilhismo. De volta ao Brasil, foi contratado para executar a decoração de instituições cariocas de prestígio. Defendeu a abertura de escolas livres de arte, onde pudesse haver maior liberdade de escolha aos artistas, de modo que ficasse reservada à Escola Nacional de Belas Artes a instrução dentro dos moldes acadêmicos. Faleceu em 1932, afastado havia tempo da pintura e internado, como seu irmão dez anos antes, no Hospício dos Alienados do Rio de Janeiro. Participou das Exposições Gerais de Belas Artes a partir de 1906, conquistando prêmios de menção honrosa (de segundo grau em 1906 e de primeiro grau no ano seguinte), a pequena medalha de prata em 1913, a grande medalha de prata em 1919 e a pequena medalha de ouro no Salão de Outono de 1926. Sua produção abundante contempla todos os gêneros da pintura – o retrato, a paisagem, a figura, a marinha, a pintura histórica e a pintura anedótica e de costumes –, além da gravura em metal. Para o crítico José Teixeira Leite, destacam-se especialmente os nus masculinos, mas também "os retratos e de modo geral as figuras e as paisagens, de belo desenho e sensível colorido". Francisco Acquarone e A. de Queiroz Vieira lhe atribuíram um certo expressionismo. O artista afirmou certa vez que a paisagem brasileira não favoreceria a pintura, por ser "uma beleza difícil por excesso de luz", o que prejudica os contrastes e planos.