Impressionismo



A França, mais especificamente a Paris das décadas de 1860 e 1870 havia chegado a um impasse artístico que culminou nas elaborações estéticas caracterizadas pelo termo “Impressionismo”.  O ímpeto para se distinguir e fazer uma ruptura com o passado artístico que se ampliaria e radicalizaria nas próximas quatro ou cinco décadas com o aparecimento das expressões modernistas, facilitou a comunhão de artistas com senso crítico em relação ao academicismo.

O sentido dessa movimentação artística parisiense lidou com impressões imediatas e subjetivas, impressões da materialidade dos objetos, ênfase na sensação visual e apreensão do efêmero em arte. Entre outras características, suas pinceladas revelavam uma composição aberta, com a importante representação do movimento. Havia um novo experimentalismo das cores, um despojamento com relação às regras artísticas tradicionais e um tipo de subjetividade muito ligada ao impacto da modernidade nas vidas das pessoas.

Grandes nomes estão relacionados ao impressionismo, entre outros, nomes como o de Claude Monet (1840-1926), Gustave Courbet (1819-1877), Auguste Renoir (1841-1919), Pissarro (1830-1903), Edgar Degas (1834-1917) são os seus maiores expoentes.  Embora esse grupo não fosse assim tão homogêneo, a crítica ao academicismo tornava o grupo coeso e, do ponto de vista temático, as representações de cenas nos cafés parisienses, as salas de concerto e as cenas de entretenimento em geral eram temas de gosto recorrente entre os pintores deste grupo.

Influência da gravura japonesa, especialmente o ukiyo-e, com seu “retrato do mundo flutuante” também deve ser relatada porque foi decisiva para eles. A temática original dessa arte de estampa japonesa, coincidentemente variava desde a retratação de cenas da vida urbana ou do entretenimento até posteriormente serem incluídas cenas de paisagens ou de conteúdo erótico, certos limites temáticos que seriam provados pelos impressionistas. Os Trabalhos japoneses eram impressos com matrizes feitas em blocos de madeira de forma semelhante à xilogravura e passaram a ganhar status na tradição ocidental quando Claude Monet e outros impressionistas inauguraram uma nova concepção espacial, uma descentralização da perspectiva, novos modos de enquadramento entre outras características estéticas que correspondiam ao estilo da pintura ukiyo-e do Japão.  


 

Fontes de pesquisa:

SERULLAZ, M. O Impressionismo. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1989.

STANGOS, Nikos (org.). Conceitos de Arte Moderna. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 1991.