(Caraí/MG, 1947)
Aprendeu o ofício a partir da tradição familiar da parte materna. Sua mãe, Joana Paneleira, foi a iniciadora da “moringa-mulher de três bolas”, nome que faz referência ao formato da moringa cuja base se encerra em três bojos redondos. Na verdade a tradição é muito antiga, segundo a pesquisadora Lélia Coelho Frota, ela remonta há pelo menos 200 anos. Joana, porém, contribuiu com sua originalidade incluindo a figura feminina no topo. Noemiza se singularizou produzindo figuras no barro que são como que crônicas do estilo de vida rural nas mais variadas expressões, cenas cotidianas desde a artesã trabalhando o barro e moços dirigindo até batizados e casamento, entre outros motivos. Participou da mostra Brésil, Arts Populaires Grand Palais, Paris, (1987), Mostra do Redescobrimento pela Fundação Bienal de São Paulo (2000) e tem peças suas distribuídas entre os principais museus de cultura brasileira, tais como o Museu de Folclore Edison Carneiro (RJ), Museu Casa do Pontal (na coleção Jacques Van de Beuque) Museu de Arte Popular Brasileira do Centro Cultural de São Francisco (João Pessoa/PB).