Manoel Messias (dos Santos)
(Aracajú/ SE, 1945 – Rio de Janeiro/ RJ, 2001)
Chegou ao Rio de Janeiro com cinco anos de idade acompanhado de uma tia e da avó. Ao fazerem esta viagem de ônibus pararam em Salvador e ali permaneceram por dois anos. Leonídio Ribeiro, diretor do Museu de Arte Moderna, contratou mais tarde sua tia como doméstica. Isso facilitou seu ingresso no mundo artístico e o levou a frequentar as aulas do artista plástico Ivan Serpa. Foi aluno da Escola Nacional de Belas Artes, por alguns meses e assistiu ali aulas de Abelardo Zaluar. Nesse tempo dedicou-se tanto à xilogravura que se tornou seu primeiro e único meio de expressão. Dentre as primeiras imagens que expressou foram aquelas que deixaram marca em sua infância nordestina: a fome, a miséria, entre outros temas.
Teve sua primeira exposição individual na Galeria Fátima, em 1968. Participou das bienais da Bahia (1966) e recebeu três prêmios em 1980, na II Bienal Iberoamericana do México, na Mostra Anual de Gravura de Curitiba; III Salão Nacional de Artes Plásticas no Rio de Janeiro. Participou também do Salão Nacional de Arte Moderna (1965 e 1968); do II Salão Esso de Artistas Jovens (1968) e do II Salão de Verão (1970); A exposição “3 aspectos da gravura brasileira”, foi uma exposição itinerante e percorreu muitos países da américa latina (1968). Além dessas mostras fez parte da “Depoimento de uma geração – 1969-1970”, na Galeria BANERJ, Rio de Janeiro (1986); e da mostra com Goeldi e Marcelo Grassmann na Bolsa de Arte, Rio de Janeiro (1974). Em meados dos anos 80 o artista foi tema de reportagens em jornais cariocas: vivia na completa miséria, depois de ter sido considerado pela crítica um dos nomes mais importantes da arte da gravura no Brasil.