Walter Firmo

(Rio de Janeiro, 1937)

Fotógrafo. Autodidata, pratica a fotografia desde os 16 anos de idade. Tornou-se profissional em 1957 e, até 1986, atuou como fotojornalista em diversos veículos de comunicação, entre os quais os jornais Última Hora (1957) e Jornal do Brasil (1960) e as revistas Realidade (1960), Manchete (1968), Veja (1974), Tênis Esporte (1979) e IstoÉ (1985), além de ter produzido reportagens internacionais para a editora Bloch em 1967, viajando para diversos países americanos. Também atuou como freelancer e, em 1973, participou da fundação da agência Câmera Três. Tornou-se diretor do Instituto Nacional da Fotografia da Funarte em 1986 e começou a atuar também como professor de fotografia a partir de 1992 e como curador de exposições de fotografia a partir de 1995. Participou de diversas mostras coletivas e realizou mais de 15 exposições individuais, tendo exposto no Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Curitiba, Belém, Porto Alegre, Recife, Vitória, Cachoeira, Cuba, Cabo Verde, Argentina, Rússia, EUA, Japão e França. Publicou 5 livros de fotografias, incluindo uma retrospectiva de sua carreira em Brasil: imagens da terra e do povo (2008). Conquistou o prêmio Esso de reportagem (1963), prêmios do Concurso Internacional de Fotografia Nikon (1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1980), o Prêmio Revista Ícaro (1988) e o Prêmio Icatu de Artes – Fotografia (1998). Em sua obra fotográfica, deu especial atenção à realidade cultural brasileira e afro-brasileira e tornou-se conhecido pelo uso virtuoso da cor, apesar de também ter realizado ensaios em preto e branco. Em Brasil: imagens da terra e do povo, é apresentado da seguinte forma: “sua arte [...] alterna cores vívidas com claros-escuros que transmitem dramaticidade às suas fotografias em preto e branco [...] Trabalha com a luz ambiente, sem flash.” O artista comentou seus retratos em preto e branco: “esta linguagem surrealista imortaliza o inconsciente naquilo onde transita a nostalgia colhida pelo afastamento. Na verdade a sedução preto-e-branco é o sentimento constante de um estado de exílio, quando não estamos, não somos”. Emanoel Araujo “cham[a] de brasilidade o sentido que emana de suas fotografias, unindo o passado e o presente, resquícios dessa cultura amalgamada pelas contribuições indígena, branca, negra”.

Personalidades Relacionadas

Emanoel Araujo
(1940)
Artista plástico baiano. Ex-diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, fundador e diretor curatorial do Museu Afro Brasil (SP).