Escultor e gravurista. Realizou seus primeiros estudos artísticos em São João del Rey (MG). Viajou aos EUA entre 1954 e 1955. De volta ao Brasil, estudou pintura a óleo em 1966 no Curso Livre de Pintura da Escola de Artes Visuais (RJ), e gravura em metal e técnicas afins com Gèza Heller. Participou, desde 1969, de exposições coletivas no Rio de Janeiro, Niterói, Ribeirão Preto, Brasília, São Paulo, Dinamarca, EUA, Itália e França. Suas exposições individuais ocorreram no Rio de Janeiro, Brasília, França e Alemanha. Conquistou o Prêmio de Aquisição no VI Salão de Ribeirão Preto com suas gravuras, em 1981. Ronaldo Rego é sacerdote da umbanda, e sua produção, majoritariamente composta de esculturas em madeira policromada e ferro, se vincula a essa religião e ao candomblé, reinterpretando os símbolos relacionados a ambas. Formalmente, como ressalta Gèza Heller, “sua arte está ligada à arte abstrata, informal, geométrica, e até pop”. Para Emanoel Araújo, porém, seu significado “não pode ser visto apenas no plano formal, como relevos, esculturas e instalações”, devendo antes ser compreendido como um diálogo com sua religiosidade afro-brasileira. Antonio Bento sugere que suas obras têm “o caráter de variações em torno de um mesmo tema. Ou variações sucessivas da mesma linguagem visual. Essa linguagem é abstrata. Mas suas abstrações têm conotação algo informal, diversa da de Rubem Valentim, baseada nos candomblés baianos, mas de uma geometria severa. Enquanto isso a de Rego é subjetiva e cabalística, com conotação antropológica e religiosa.” George Preston ressaltou seus vínculos com a arte africana, indicando uma “sublime síntese das polaridades de fixidez e movimento na arte de Rego, baseada em sua reinterpretação do clássico conceito formal africano de fixidez vertical em tensão harmônica com um movimento interno comprimido por uma força centrípeta.” Para Mariza Dias, o artista possui “uma linguagem mística que revela a preocupação do homem de nosso século em unir ciência e religião."