Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo



Fundado em 1873, sob o título de “Sociedade Propagadora da Instrução Popular” era uma associação educacional privada que teve apoio financeiro da maçonaria paulista, mas destinada às classes laboriosas, as aulas tiveram início em 1874. Seu fundador, Carlos Leôncio da Silva Carvalho (1847-1912), um advogado e Deputado Geral (atual “Federal”) de 1878 a 1888, pelo Partido liberal. 
Auxiliado por sócios cafeicultores, Carlos Carvalho consegue fundar uma instituição que tinha por objetivo a divulgação gratuita de artes e ofícios para formar mão-de-obra especializada para a lavoura, a indústria e o comércio.

O Liceu fornecia assistência médica e material didático para pessoas com baixa renda. Além disso disponibilizava uma biblioteca pública. Com o tempo, a Escola amplia seu caráter profissionalizante. Em 1895, engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928) passa a dirigir a escola propondo uma reforma, criando cursos de desenho aplicado, modelagem, pintura, além de aulas práticas como carpintaria, serralheria e instruções mais complexas álgebra, geometria, contabilidade , etc.

Graças à iniciativa de Ramos de Azevedo em tornar cada vez mais o Liceu de Artes e Ofício em uma instituição que funcionasse como um centro de belas artes, figuras como Amadeu Zani (1869-1944), Domiciano Rossi (1865-1920), Pedro Alexandrino (1856-1942) entre outros. A criação da Pinacoteca do Estado de São Paulo, no interior do Liceu de Artes e Ofícios, em 1905, vai encerrando paulatinamente o caráter popular.

Em novembro de 2016, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi considerado a melhor escola técnica do Brasil, de acordo com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015, divulgadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Além de cursos técnicos regulares, havia cursos noturnos gratuitos para adultos desde caligrafia, gramática e aritmética. 

Em 1911 o pintor negro Arthur Timótheo da Costa  participou da Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, ocorrida no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.  Outro artista com obras no acervo do museu que também estudou neste Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi Benedito José de Andrade  Estudou no Liceu, na década de 1920, onde foi aluno de Enrico Vio, Vigianni e Paneli.