Em entrevista, os índios Yuta Mehinako, Itsaukuma Mehinako, Kauruma Mehinako e Wapitsewe Mahinako, membros da comunidade indígena Mehinako, um dos muitos povos habitantes da região conhecida como Alto Xingu (englobada pelo Parque Indígena do Xingu), falam sobre a participação do grupo na exposição “Heranças de um Brasil profundo”, onde foram responsáveis pelas construção da Casa dos Homens.
Como foi para vocês a experiência de participar da exposição “Heranças de um Brasil profundo”?
Kauruma Mehinako: Está é a primeira vez que participo de uma exposição e é a primeira vez que participo da construção da oca fora da nossa aldeia. Na verdade, essa é a primeira vez que todos nós construímos uma oca fora da aldeia. Estamos muito contentes com o convite e por termos participado dessa exposição no Museu Afro Brasil.
Qual você acha que vai ser a reação das pessoas ao verem a Casa dos Homens no meio da exposição?
Kauruma Mehinako: Na minha opinião as pessoas vão gostar. Vai ser muito legal elas poderem ver de perto como é a Casa dos Homens.
E como vocês veem o fato de uma exposição sobre índios ter, de fato, índios como protagonistas?
Yuta Mehinako: É muito importante. Estamos muito felizes porque é um trabalho nosso, né.
Qual a função da Casa dos Homens na aldeia?
Yuta Mehinako: Ela serve para a gente se reunir, para discutirmos os problemas da aldeia, pra fazer festa. Apenas homens podem entrar na casa porque nela guardamos as flautas sagradas. E as mulheres não podem entrar porque não podem ver a flauta sagrada.