Em entrevista, índios do povo Mehinako falam da experiência em participar de uma exposição no Museu Afro Brasil

24 de janeiro de 2020

Em entrevista, os índios Yuta Mehinako, Itsaukuma Mehinako, Kauruma Mehinako e Wapitsewe Mahinako, membros da comunidade indígena Mehinako, um dos muitos povos habitantes da região conhecida como Alto Xingu (englobada pelo Parque Indígena do Xingu), falam sobre a participação do grupo na exposição “Heranças de um Brasil profundo”, onde foram responsáveis pelas construção da Casa dos Homens.




*** ENTREVISTA ***

 

Como foi para vocês a experiência de participar da exposição “Heranças de um Brasil profundo”?
Kauruma Mehinako: Está é a primeira vez que participo de uma exposição e é a primeira vez que participo da construção da oca fora da nossa aldeia. Na verdade, essa é a primeira vez que todos nós construímos uma oca fora da aldeia. Estamos muito contentes com o convite e por termos participado dessa exposição no Museu Afro Brasil.


Qual você acha que vai ser a reação das pessoas ao verem a Casa dos Homens no meio da exposição?
Kauruma Mehinako: Na minha opinião as pessoas vão gostar. Vai ser muito legal elas poderem ver de perto como é a Casa dos Homens.


E como vocês veem o fato de uma exposição sobre índios ter, de fato, índios como protagonistas?
Yuta Mehinako: É muito importante. Estamos muito felizes porque é um trabalho nosso, né.


Qual a função da Casa dos Homens na aldeia?
Yuta Mehinako: Ela serve para a gente se reunir, para discutirmos os problemas da aldeia, pra fazer festa. Apenas homens podem entrar na casa porque nela guardamos as flautas sagradas. E as mulheres não podem entrar porque não podem ver a flauta sagrada.




 



BUSCA

O Museu está aberto o ano todo, com exceção das seguintes datas:

  • 24 e 25 de dezembro
  • 31 de dezembro
  • 1º de janeiro