No primeiro dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2017, em uma das questões da prova realizada no domingo (5), que reuniu questões de linguagens e ciências humanas, um painel produzido pelo artista plástico Speto, em 2009, na marquise (área externa) do prédio do Museu Afro Brasil, foi utilizado como exemplo para que os alunos identificassem no trabalho elementos estéticos relacionados a cultura brasileira, com especial destaque para a xilogravura nordestina.
SPETO
Artista plástico, ilustrador e um dos nomes de destaque da street art no Brasil, Speto, nome pelo qual é conhecido o paulista Paulo César Silva, já exibiu seus trabalhos no Museu Afro Brasil em mostras como Território Ocupado (2006), considerada uma das primeiras mostras sobre graffiti exibidas em museus brasileiros, e Espaço Livre (2016).
A CULTURA POPULAR, O SAGRADO E O PROFANO NO MUSEU AFRO BRASIL
Com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, o Museu Afro Brasil possui em seu acervo de longa duração um núcleo dedicado exclusivamente as manifestações populares, o Núcleo O Sagrado e o Profano. Nele estão expostos, por exemplo, uma série de xilogravuras e cordéis de nomes como J. Borges, Cícero Vieira dos Santos, José Costa Leite, José Soares, Leandro Gomes Barros entre outros importantes nomes destas tradicionais manifestações da cultura popular nordestina. Há ainda em exposição no museu uma prensa tipográfica utilizada na impressão de cordéis.
Grandes exposições com foco na cultura popular já foram exibidas no Museu Afro Brasil ao longo dos 13 anos de existência da instituição.
Entre elas destaca-se “A nossa invenção da arte” – da coleção de Ladi Biezus, realizada em 2015, mostra que revelou toda a força da arte tradicional popular por meio de uma coleção de arte constituída ao longo de 45 anos. Na ocasião, foram expostos no Museu Afro Brasil pinturas e esculturas de artistas como José Antonio da Silva, Isabel de Jesus, Mirian Inês da Silva, Emygdio de Souza, Valdomiro de Deus Souza, Mestre Guarany, Mestre Dezinho, Mestre Vitalino, Mestre Nosa, Raimundo de Oliveira, Elza O S, Conceição dos Bugres, Véio (Cicero Alves dos Santos), Ivonaldo Veloso de Mello, Maria Auxiliadora e o inestimável Agnaldo Manoel dos Santos.
Como parte das comemorações do seu 13° aniversário, até o dia 20 de novembro a entrada no Museu Afro Brasil é gratuita. Aproveite e venha visitar!