A refinada indumentária das “bonecas sagradas” confeccionadas por Mãe Detinha de Xangô e Bezita de Oxum, ambas integrantes da comunidade religiosa do Ilê Axé Opô Afonjá, e pertencentes ao núcleo dedicado às religiões afro-brasileiras do Museu Afro Brasil, são alguns dos destaques da maior exposição virtual de moda do mundo, o projeto "We Wear Culture", liderado pelo Google Arts & Culture, cujo lançamento mundial acontece hoje (08).
Fruto de uma complexa colaboração envolvendo aproximadamente 180 das mais prestigiadas instituições culturais do mundo, o projeto utiliza tecnologia de ponta (incluindo realidade virtual, vídeos de 360°, Street View e imagens em gigapixel de alta resolução) permitindo aos usuários o acesso aos detalhes históricos dos 3 mil anos de existência da moda internacional.
Além de peças de roupa icônicas que mudaram a maneira como as gerações se vestiam, como os saltos altos de Marilyn Monroe ou o Black Dress da Chanel, trazidos de volta à vida graças à realidade virtual, chama a atenção a seleção, nada previsível, de indumentárias pertencentes ao acervo do Museu Afro Brasil.
Um elegante traje da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte; uma vestimenta de Babá Egum, criado por Cosme Daniel de Paula; saias da República Democrática do Congo; uma camiseta da seleção brasileira de futebol, de 1970, autografada por Pelé; uma vestimenta de Rei de Maracatu Nação Elefante, datada de 1900, entre outros artigos que narram a influência negra na história da moda mundial, compõe os quase 400 itens do acervo do Museu que integram o projeto.
Para conhecer a participação do museu no projeto, acesse:
https://www.google.com/culturalinstitute/beta/partner/museu-afro-brasil