Hoje, 11 de setembro, o jogador de futebol gremista Everaldo, campeão da Copa de 70 que trouxe tantas alegrias ao brasileiro, faria 70 anos.
E, ainda em Setembro, Lupicínio Rodrigues, compositor conhecido de inúmeras marchinhas de Carnaval e sambas-canção, faria 100 anos no próximo dia 16.

Em homenagem a estas personalidades, Renato Araujo, pesquisador do Museu Afro Brasil, escreveu um texto que compartilhamos abaixo com vocês:

Vôvo Faz Cem Anos – Lupicínio Rodrigues, o criador da dor de cotovelo.

“Na era da hipocrisia das raças (cores) vovô, aquele gremista incorrigível e autor do hino do nosso time tinha pele preta, nervos de carne, o coração no lugar certo, em seu grande amor pela vida multicolor brasileira.
Quando, em 1963, ele resolveu escrever uma matéria para o Jornal “Última Hora”, ele tentava explicar por que torcer pra um ‘clube de elite’ que não aceitava pretos ‘até bem pouco tempo atrás’.
Ora, disse o vovô que, em 1907, “uma turma de mulatinhos” decidiu criar um time de futebol, o “Rio Grandense” e quem votou contra foi o “Internacional”.
Por isso, os que seriam chamados depois de “Liga dos Canela Preta”  torceriam pelo Grêmio, apenas por “represália”, mesmo que constasse nos estatutos que o time perderia seu campo, que havia sido doado por alemães  “caso aceitasse pessoas de cor em seus quadros”, como disse vovô.  Até a pé nós iremos/ para o que der e vier / mas o certo é que nós estaremos / com o grêmio onde o grêmio estiver .   E ele cantou também: Há pessoas de nervos de aço,/ Sem sangue nas veias e sem coração,/ Mas não sei se passando o que eu passo/ Talvez não lhes venha qualquer reação. 

Também em setembro. Everaldo, lateral esquerdo e titular da seleção Brasileira de 1970, faria 70 anos (Sabiam que aquela estrela amarela que carregam no peito os gremistas racistas ou não, é uma homenagem do time a este outro negro gremista imortal?). “