Na abertura das exposições “Ukiyo-e – A tradição da gravura japonesa” e “Regastein Rocha e a gráfica Raízes”, que acontece no dia 15 de abril, às 19h, o Museu Afro Brasil lançará os catálogos de duas mostras recentes de sua programação. “Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber” e “A nova mão afro-brasileira” aprofundam os temas abordados nos espaços do museu.
Aberta em 20 de novembro de 2013, Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, “A nova mão afro-brasileira” celebrou os 25 anos do lançamento do livro e exposição “A Mão Afro-Brasileira – Significado da Contribuição Artística e Histórica”. Com curadoria de Emanoel Araujo, a mostra teve salas especiais e retrospectivas com obras de artistas dos séculos XVIII e XIX, modernos e contemporâneos. Entre os homenageados, Maria Lídia Magliani, Maurino de Araújo e Yêdamaria.
Quinze contemporâneos foram incorporados à exposição e estão presentes do catálogo: Advânio Lessa, Anderson Santos, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Claudinei Roberto, Eustáquio Neves, Herberth Sobral, Izidorio Cavalcanti, Lippe, Marcos Dutra, Moisés Patrício, Pedro Marighella, Renato Matos, Rener Rama e Sônia Gomes. Além destes artistas, o museu incorporou Alex Hornest, Jorge dos Anjos, Rosana Paulino, Sidney Amaral, Tiago Gualberto e Washington Silvera, expostos em mostras anteriores.
Por sua vez, com a exposição “Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber”, aberta no início de 2014, o Museu Afro Brasil levou à Oca do Ibirapuera peças raras do acervo da centenária Faculdade de Ciências de Coimbra e de colecionadores particulares. Em parceria com a Universidade de Coimbra, a mostra e agora o catálogo refletem sobre a construção do conhecimento científico português em relação aos povos e territórios do além-mar, principalmente na África e no Brasil.
O ponto de partida é a refundação da Universidade de Coimbra, na era do Marquês de Pombal (1699-1782), e a introdução do ensino das ciências na educação superior em Portugal, trazendo esse olhar para a contemporaneidade. Entre as peças e obras expostas, há astrolábios, esferas, lunetas, mapas feitos pelo engenheiro italiano Miguel Ciera no séc. XVIII, cartas geográficas, desenhos, bustos frenológicos, contadores lusíadas (séc. XVI-XVII), olifantes (séc. XV-XVI), fotografias, documentos históricos da Universidade, herbários de Friedrich Welwitsch no séc. XIX e retratos do Marquês de Pombal (por Francisco José Resende, 1882) e de D. Francisco de Lemos (1735-1822), brasileiro que foi bispo e reitor de Coimbra.
Outro núcleo da exposição apresenta o raríssimo acervo de Antropologia do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, destacando-se, entre os objetos etnográficos, 32 tampas de panela do povo Woyo, recolhidas pelos missionários do Espírito Santo, de presença marcante em Angola desde a década de 1860; uma cadeira de espaldar do povo Chowke; uma máscara masculina Nkaki, dos Luluwa; uma estatueta de representação de missionário, do povo Yombe; duas máscaras do povo Songo; e pentes e máscaras Mwana Pwo e Cihongo dos artistas contratados pela companhia Diamang, que trabalhavam numa aldeia situada no complexo do Museu do Dundo, em Angola.
Incorporados à exposição na Oca, artistas contemporâneos atualizam esse universo da “Cartografia do poder”: Albano da Silva Pereira, Albuquerque Mendes, Ana Vieira, André Cepeda, Arthur Omar, Aston, Cristina Ataíde, Debbie Fleming Caffery, Didier Morin, Dominique Wade, Edgar Martins, Gérard Quenum, Gonçalo Pena, Guilherme Mampuya, Joan Fontcuberta, João Fonte Santa, João Pedro Vale, Joel-Peter Witkin, José de Guimarães, José Luís Neto, José Resende, José Rufino, Lygia Pape, Miguel Palma, Nuno Cera, ORLAN, Paul Den Hollander, Sam Durant, Sofia Leitão, Susana Anágua, Tunga e Yonamine.
Lançamento dos catálogos:
“A nova mão afro-brasileira” e
“Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber”.
15 de abril, às 19h.
Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera - Portão 10
São Paulo / SP - 04094 050
Fone: 55 11 3320-8900
Entrada gratuita
www.museuafrobrasil.org.br
O funcionamento do museu é de terça-feira a domingo, das 10 às 17hs,
Com permanência até às 18hs.
Na última quinta-feira de cada mês, o horário de funcionamento será estendido até às 21hs, para atendimento noturno ao público visitante.
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