História inventada e invenção de história

13/12/2025 a 01/04/2026

História Inventada e Invenção de História


Visitação: de terça à domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)

Abertura: dia 13 de dezembro, às 11h

Curadoria: Claudinei Roberto da Silva


Sobre o artista

Através do seu trabalho Roméo Mivekannin nos lembra que existe uma história que foi inventada para justificar a escravidão, a injustificável posse de homens por outros homens, ao mesmo tempo nos lembra que existiram e existem, aqueles que, como o artista, se esforçam para levantar “os arquivos do silêncio”, legando a um povo, com sua arte, não só uma história, mas também a esperança de redenção e justiça.  

Pela primeira vez o artista franco-beninense Roméo Mivekannin apresenta o seu trabalho no Sudeste do Brasil. No Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, Mivekannin apresenta entre pinturas e obras têxteis 32 trabalhos realizados com técnica especialmente desenvolvida pelo artista e que são o resultado da pesquisa que, nos últimos anos, ele vem desenvolvendo desde seu ateliê em Paris.  

Nesses trabalhos Mivekannin visita a história da arte no Ocidente promovendo através da sua visão crítica, uma reflexão ao mesmo tempo estética e ética, já que nela o artista questiona os múltiplos sentidos da exploração colonial sobre nossa África natal ancestral e contemporânea. Através dos autorretratos que Mivekannin realiza, existe a denúncia da construção de um patrimônio artístico e simbólico erguido a partir da espoliação de civilizações agredidas, a escravização e o genocídio de não brancos, contudo, a elaboração poética constituída pelo artista permite o acesso a essas narrativas de alta voltagem política. 

Nas tecelagens da série “Indigo”, por exemplo, Mivekannin organiza padrões geométricos que dialogam com uma ancestralidade africana expressa através da arte têxtil de vários povos, e, ao mesmo tempo, ele se conecta com contemporaneidade do concretismo afro brasileiro representado na exposição por obras de Emanoel Araujo (1940-2022), a exposição ainda coloca em diálogo as produções de várias poéticas contemporâneas como Rosana Paulino, Tiago Gualberto, Sidney Amaral(1973-2017) e Otávio Araujo (1926-2015) que em comum com Roméo Mivekannin elaboram as histórias sobre a epopeia da diáspora africana no Brasil.   

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