Como a Terra Respira

27/09/2025 a 27/12/2025

“Como a Terra Respira” é sua primeira exposição individual, depois de ter circulado pela Bienal de Liverpool, na Inglaterra, e por exposições no Brasil, passando pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, pelo Sesc Vila Mariana, entre outros espaços importantes, consolidando-se como um dos grandes nomes da arte negra na contemporaneidade. Nessa mostra, apresentamos obras já consagradas da artista, como os bordados dedicadas aos orixás, e abrimos espaço para sua produção mais recente e inédita, na qual apresenta um imaginário permeado de serpentes, rios e mantos sagrados. O título faz jus a esse momento: segundo a própria artista, as serpentes quando penetram e remexem o solo têm o poder de fazer a terra respirar.  


Visitação: de terça à domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)

Abertura: dia 27 de setembro, às 11h

Curadoria: Ariana Nuala e Rosa Couto


Sobre o artista

Isa do Rosário é artista plástica, poetisa e contadora de histórias, nascida em Batatais, interior de São Paulo. Constrói sua trajetória em diálogo com a história, corpo, tecido, e a memória coletiva da diáspora negra. A instalação Dança com a Morte no Atlântico (2013–2023) e coleção OS ORIXÁS integrou como destaque a Bienal de Liverpool (2023), exibida na Bélgica (2024) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM (2025). Atualmente, participa da mostra itinerante Ancestral: Afro-Américas, em circulação pelos CCBBs do Brasil, já exibida em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Suas obras propõe uma viagem profunda pelo legado Afro-brasileiro, influenciada pelos Òrìṣàs, evocando presença, natureza, ancestralidade e rememoração.    

Como artista, Isa não se limita. Desenha, escreve poesias, conta histórias e canta acompanhada de sua viola. Mas é no tecido, bordado e enriquecido com apliques de toda sorte, que ela transforma sua obra num grande portal que atravessa o espaço e o tempo. A escolha de cada desenho, cada detalhe, cada cor, cada linha é soprada em seu ouvido como um presságio, um pedido de outros tempos. A artista, consciente da grandeza de sua missão, coloca suas mãos e sua criatividade à serviço dos que com ela se comunicam: antepassados que enfrentaram a travessia da calunga e padeceram, encantados, entidades e orixás cujas vozes se mesclam às suas vivências e à sua imaginação sensível.   

Em Como a Terra Respira, sua primeira exposição individual de peso, temos a alegria de apresentar sua produção mais atual e inédita. Permeada de serpentes – animais que que caminham ondulando e carregam o mistério do mundo, suas obras manifestam sua relação com Oxumaré, orixá da mudança, da maleabilidade, da riqueza ao final do arco-íris e dos ciclos da vida que nos conectam de forma contínua com nosso passado negro. Além das cobras, Isa relembra os cantos das lavadeiras à beira dos ‘corgos’ e riachos, os batuqueiros em dia de festa de devoção, as benzedeiras que curam o corpo o e espírito, de espinhela caída e vento virado a mal olhado.   

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